sábado, 16 de abril de 2011

Cigarro e Cirurgia Plástica: uma mistura que não combina



  Cerca de 24% ou 45 milhões de brasileiros são fumantes, e muitos outros já fumaram em algum momento na vida. No Brasil, o número de pessoas que morrem em razão de complicações decorrentes do hábito de fumar chega a 200 mil. Esses dados alarmantes revelam, por si só, os perigos que advém deste perigoso hábito, normalmente um vício, que muitos ainda tem. Contudo, não é apenas o seu tempo de vida e sua saúde que o fumante está precarizando, mas também a possibilidade de que uma eventual cirurgia plástica dê certo, seja nele mesmo, seja em pessoas que convivem com ele.


  O vício de fumar prejudica a cicatrização, oxigenação dos tecidos e, por conseqüência, a  circulação sanguínea nas áreas operadas. A nicotina engrossa o sangue, o que dificulta a circulação sanguínea, fundamental para irrigar os tecidos, e levar oxigênio a camada superficial da pele. Essa má circulação faz com muitos nutrientes cheguem em menor quantidade nos tecidos que precisam cicatrizar. Naturalmente, com essa falta de nutrientes, o risco da morte de células ocorrer aumenta drasticamente. Com a morte de células, o resultado final, ao invés de uma cicatriz comum, é uma queloide, que se assemelha mais a uma deformação dermatológica do que a uma cicatriz comum.


   Além disso, quem convive com fumantes habituais, está sujeito ao risco que a tosse pode provocar. Vale ressaltar que o próprio fumante está sujeito aos efeitos da tosse também. Nesse caso, a tosse força músculos abdominais e torácicos, aumentando o risco de rompimento dos pontos. As chances de um sangramento ocorrer também é grande, inclusive, com o risco de hematoma. Caso isso ocorra, o cirurgião deverá reoperar para limpar o coágulo causado pelo sangramento. O risco de trombose, bem como, enfisema pulmonar também crescem nessas condições.

   O período que você deve ficar sem fumar, caso venha a se submeter a uma cirurgia plástica deve ser previamente indicado pelo cirurgião, mas o recomenda-se o mínimo de 30 dias. De fato, o cigarro definitivamente não é um aliado para quem deseja fazer cirurgia plástica.

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